segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Felizmente eram Maria

Porque se fossem Belgas doía mais.
Andava eu no supermercado a fazer as comprinhas para as férias, quando dou por uma velhota a tentar tirar um pacote de bolachas de dentro de uma caixa arrumada a cerca de um metro de distância da ponta dos seus dedos, estando ela em bicos de pés.
Logicamente a primeira coisa que pensei foi "que se lixe a velha".
Mas fui lá ajudá-la.
Ou melhor, ia.
A velhota até conseguiu tirar o pacote que queria de dentro da caixa.
Mas não devia estar a contar com os cerca de 20 pacotes que lhe caíram em cima da cabeça.
Digo 20 pacotes, não por os ter contado, mas porque foram as vezes que me pareceu ouvi-la a queixar-se sempre que lhe chovia um pacotito em cima dos cornos.
Mas eram pacotes que nunca mais acabavam.
Enfim, quando cheguei ao pé da velhota, já ela ia embora com uma mão a segurar as bolachas e a outra a segurar a cabeça.
É verdade que demorei a chegar perto dela, isto porque abrandei o passo enquanto assistia àquele espectáculo.
E pensei, esta é umas das razões que me leva a temer chegar a velho, embora também tema não chegar a velho.
É que hoje, se estivesse a levar com pacotes de bolachas nos cornos, que caíssem de dentro de uma caixa que eu estivesse a segurar, automaticamente largava a caixa, largava umas caralh@das e dava uns passos para trás enquanto mandava tudo prá put@ que os pariu.
Mas chegando a velho, corro realmente o risco de estar a levar com bolachas no trombil e ainda assim segurar a caixa o mais alto possível para ter a certeza que cada impacto será mais doloroso que o anterior.
Isto há coisas do arco da velha.

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