Ontem, hoje e sempre

"Numa noite em que o céu tinha um brilho mais forte

e em que o sono parecia disposto a não vir

Fui estender-me na praia sozinho ao relento

e ali longe do tempo acabei por dormir

Acordei com o toque suave de um beijo

e uma cara sardenta encheu-me o olhar

Ainda meio a sonhar perguntei quem era

ela riu-se e disse baixinho "estrela do mar"

Sou a estrela do mar

só a ele obedeço, só ele me conhece

só ele sabe quem sou, no principio e no fim

só a ele sou fiel e é ele quem me protege

quando alguém quer à força ser dono de mim

Não sei se era maior o desejo ou o espanto

só sei que por instantes deixei de pensar

Uma chama invisível incendiou-me o peito

qualquer coisa impossível fez-me acreditar

Em silêncio trocámos segredos e abraços

inscrevemos no espaço um novo alfabeto

Já passaram mil anos sobre o nosso encontro

mas mil anos são pouco ou nada para a estrela do mar

Sou a estrela do mar

só a ele obedeço, só ele me conhece

só ele sabe quem sou no principio e no fim

só a ele sou fiel e é ele quem me protege

quando alguém quer à força ser dono de mim"

Jorge Palma - Estrela do Mar

Esperança

Talvez a melhor palavra para descrever o que me vai no coração.

Além do amor sentido, sincero e verdadeiro, e da tristeza e impotência ao não poder fazer mais do que aceitar e respeitar uma decisão tomada, fica sempre a esperança de que um dia possamos estar como sempre estivemos: em alegria, em brincadeira, em respeito e orgulho um pelo outro, nas nossas conversas e momentos de cumplicidade tão mágicos, comigo a admirar a sua beleza tão única, e com ela a sentir-se tão livre e feliz por cada momento que passamos juntos...

Mas tivemos um jantar magnifico... a juntar-se a tantos outros momentos, com tanta magia e alegria à nossa volta... onde nada mais interessa, como se estivéssemos à parte do resto do mundo e do próprio tempo...

Onde eu ficava eternamente a admirar aqueles belos olhos esverdeados, e um sorriso que me deixa com um friozinho tão agradável no estômago...

Dia da árvore

E neste dia, nada como sacar do jornal Metro para ler as noticias e ter 1 página sobre desporto, outra sobre a actualidade nacional e do mundo, e 20 páginas (!) a falar sobre árvores e a natureza.

Ou seja, sendo dia da árvore, vamos gastar papel ridiculamente para dar a entender às pessoas que somos amigos da natureza.

A Canção de Lisboa

Há quem nem sequer se dê ao trabalho de ouvir ou ler com atenção as letras das suas músicas, e apenas ache que um é bêbedo e o outro é um porta-chaves. Mas a história está cheia de artistas que no seu tempo foram considerados malucos e agora são autênticos heróis.

Pessoalmente, eu vejo num o passado, presente e inspiração para o futuro, e no outro esse mesmo futuro.

Um ao piano, outro com guitarra. A experiência de um e a juventude do outro.

Letras fenomenais em canções que servem de banda sonora ao nosso dia-a-dia.

Jorge Palma e João Pedro Pais.

Juntos nesta música.

(e sendo mauzinho, maravilhosa a ideia de tocar a Canção de Lisboa em plena terra das tripas!)

Fome de bola

A ideia era arrumar as botas, mas lá aceitei um convite de última hora para o tradicional jogo aos sábados.

E em boa hora o fiz.

Correr e entrar em jogadas sem o medo que se instalou em mim desde as cirurgias do ano passado, jogar com pessoal que sabe o que é jogar em equipa, e marcar 2 golos.

Venha o próximo jogo, que assim vale a pena!

Pequenez

O Benfica acaba de empatar com o Portimonense em casa, e aqui na minha rua acaba de passar um grupo de lagartos todos contentes da vida. Terá sido por terem mantido os 15 pontos de atraso para o Benfica ou porque, lá está, antes de serem do seu clube são anti-benfiquistas?

Já agora, Zapater, essa grande estrela do plantel verde-escarro, disse que o empate com o Rio Ave não foi mau, porque "ao menos não sofremos golos".

É ser pequeno.

Palhaços

Uma de muitas e boas palavras que descrevem aqueles tipos que venceram o concurso de músicas do canal do estado. E é esta a melhor forma que eu tenho para falar deles, porque não vou contribuir para a histeria pública que se gerou à volta desses "lutadores", colocando neste blogue os seus nomes.

Mas estava eu ontem a caminho da faculdade para uma aula suplementar de Contabilidade quando passo pela carrinha que levava esses palermas para mais uma manifestação que não mudou nada na nossa vida, e me deparo com um velhote a levantar um cartaz que dizia "se a música é irresponsabilidade, então continuem a cantar".

Não estivesse eu do outro lado da avenida e tinha dado um beijo ao velho.

Agora é esperar que nos impeçam de passar por maiores vergonhas na Alemanha.

Coisas de família

Questões financeiras. Mal entendidos. Conversas num canto da casa, longe de quem está noutra divisão. Diferenças não respeitadas.

Dois anos e meio para terminar o curso. Depois disso, não há outra solução que não seja a compra ou aluguer dum canto para mim.

Big Ben vs. Big Bang

Apenas 2 notas para isto:

1ª) não confundir Big Ben com Big Bang, como já vi fazerem. Esperemos que o Big Bang não dê as 12 badaladas porque era capaz de ser mau para os seres vivos dum modo geral. Uma vez chega. Já o Big Ben, não deu origem à vida no universo. As únicas coisas que os ingleses inventaram foi o chá das 5, o "football" e um ultimato que ajudou a derrubar a monarquia em Portugal.

2ª) será que os tipos da foto estão a atrasar ou a adiantar a hora? E já agora, como é que se atrasa ou adianta a hora nos relógios de sol?

É a loucura do tempo

E não é por estar a chover.

Falo do outro tempo, aquele que tem 1 ponteiro que dizem que anda mais depressa mas quando olhamos para ele está sempre parado, e outro que volta e meia nos lembramos de atrasar ou adiantar.

É que ainda ontem a segunda-feira cheirava a sexta e sabia que hoje seria sábado, e hoje ao acordar percebi que já é domingo. E a segunda-feira de amanhã quando chegar já é quarta.

Brutal.

O Dali é que tinha razão.

Monstro sagrado

De vez em quando lembram-se que a história do Benfica não se fez apenas com Eusébio. Antes dele, já havia quem tivesse feito do clube campeão europeu, e claro está, sem a ajuda de uma equipa que era titular na selecção nacional, esse senhor não teria chegado onde chegou.

Mário Coluna, o eterno capitão, esteve 15 épocas de águia ao peito, venceu 10 campeonatos nacionais, 7 taças de Portugal, 2 taças dos campeões europeus, e suou muito para fazer do Benfica o melhor clube europeu da década de 60.

Recebeu agora a águia de ouro, a mais alta distinção do clube.

E se alguém se devia ajoelhar, era a nação benfiquista.

Todos contentes

Os tripeiros já podem encomendar as faixas de campeão, e quem sabe se não farão a festa do título em pleno Estádio da Luz. Villas-Boas lá se acha o maior sem ainda ter provado nada a ninguém (vencer campeonatos em Portugal pelo FCP não é grande prova de ser bom ou mau).

Os lagartos lá voltaram às vitórias, já só estão a 15 pontos do Benfica e claro está, mais deliciados com a derrota do Glorioso do que com a sua própria vitória.

Os de Braga, fizeram o jogo da época. Mais importante que o 2º lugar do ano passado, está a vitória ao Benfica.

O Benfica, porque finalmente deixa de pensar na reconquista do título, perdida não neste jogo em que Roberto deu um frango tremendo e o árbitro ajudou, mas porque nas primeiras jornadas metade da equipa pensava em sair, o Roberto metia frangos a torto e a direito e os árbitros também ajudavam à festa.

Concentrem-se agora na Liga Europa, que no ano passado bem podia ter sido nossa e agora temos tudo para lá chegar, na Taça de Portugal que vamos bem lançados e é algo que já nos foge há algum tempo, e na terceira conquista consecutiva da Taça da Liga em apenas 4 edições da prova.

E embora para o campeonato já seja tarde, carrega Benfica!

Rango

Não é dos melhores filmes infantis dos últimos tempos, mas para o ver na companhia que eu tive não me importava nada que a hora e meia de duração passasse para 3 ou 4 horas...

Não me importava nada, mesmo nada, de ainda estar na sua companhia neste momento... em todos os momentos...

E sem mais demoras

As aulas recomeçaram há 2 semanas mas parece que já lá vai para cima de sei lá quanto tempo. Este semestre prevê-se bem mais puxado do que o inicial, embora em 2 semanas tenha dado para ver o Benfica bater o Sporting por 2 vezes, e sempre acompanhado de umas minis. Infelizmente não há mais derbies esta época, ou seja, vou deixar de beber minis à borla. Gozar com lagartos ainda vá, porque embora não joguem mais com o Benfica esta época, terão ainda que ser massacrados por clubes duma grandeza extraordinária como por exemplo Portimonense, Beira-Mar ou Rio Ave. Sorte a deles não apanharem na Liga com o Sarilhense ou o Arouca.

Falando então do semestre propriamente dito - a parte que mete aulas pelo meio - tenho uma professora do CDS-PP, um professor do PCTP-MRPP, um professor que fala achim e não assim, outro que não sabe o que fala, tal a facilidade que o abrunho tem em divagar, e uma professora que me lembra o bicho que mata os jornalistas nesse espectacular filme de terror espanhol chamado REC. Tenho também 4 trabalhos de grupo em 3 cadeiras. Porreiro. Compensa a falta de trabalhos de grupo a Matemática que ainda nem tem os testes marcados e já me parece que fica para mais tarde. Enfim, um dia conseguirei ter positivas a Matemática - quanto mais não seja porque se não tiver, o curso nunca ficará concluído. Mas também, para que raio é que me interessa primitivar ou derivar no dia-a-dia? Que me importa a mim que a primitiva das somas seja igual à soma das primitivas? Olha a porra.

E o Glorioso?

O maior. Maior e melhor clube do mundo no mês de Fevereiro. É uma pena que este ano a Liga esteja praticamente entregue àquele clubezeco de bairro lá de cima, porque 18 vitórias consecutivas é obra. Claro que ainda poderíamos ser campeões se não fossem as 3 derrotas consecutivas do início da época.

Que mais posso dizer... ah sim: e este tempo maluco? Tão depressa faz sol como está a chover. Isto são os dias do fim.

Novidades

Aqui estou eu em frente ao computador a querer que me saia algo para vos contar como foi o regresso às aulas entre outras coisas, mas como não sai nada vou mas é dormir e depois falamos.

Aquele abraço.

Qual?

Aquele, ali ao fundo.