É o intervalo de tempo que faz toda a diferença entre a minha idade e a do "menino de ouro".
João Vieira Pinto faz hoje 39 anos, e para mim será eternamente aquele jogador que esperava voltar a ver vestir a camisola do Glorioso.
Os ídolos da actualidade dão pelo nome de David Luiz, Fábio Coentrão, Pablo Aimar e Saviola, e os de um passado recente que gostávamos que voltassem ao Benfica são Simão Sabrosa, Reyes e quem sabe Di Maria ou Ramires.
João Vieira Pinto faz hoje 39 anos, e para mim será eternamente aquele jogador que esperava voltar a ver vestir a camisola do Glorioso.
Os ídolos da actualidade dão pelo nome de David Luiz, Fábio Coentrão, Pablo Aimar e Saviola, e os de um passado recente que gostávamos que voltassem ao Benfica são Simão Sabrosa, Reyes e quem sabe Di Maria ou Ramires.
Os nomes para sempre recordados são os de Rui Costa e, para a maioria dos benfiquistas na qual eu não me incluo, Eusébio.
Mas não me esqueço do meu maior ídolo, dos tempos em que aprendi o que era futebol, o que era a febre do Benfica, o que era a história e mística do clube.
Não me esqueço dum treino em que vejo todos os jogadores a fugir para não darem autógrafos, com Vítor Paneira e Hélder a passarem por mim a uma velocidade que me ia deitando ao chão, e João Vieira Pinto - já na altura mais baixo que eu - com uma perna a sangrar, com a agonia e a dor bem vincadas no seu rosto, a assinar folhas, camisolas, bolas, a tirar fotografias.
Já em crise financeira fomos campeões, num título que nasceu no empate a 3 nas Antas e começou a andar nos 6-3 em Alvalade; eliminámos o Bayer Leverkussen numa partida imprópria para cardíacos com o empate a 4 na Alemanha, caímos de pé frente ao Parma com um jogador a menos nas meias-finais da Taça das Taças.
E este homem foi um dos maiores obreiros desses feitos, e carregou sozinho todo o peso deste enorme clube durante imenso tempo. E a paga que teve foi a traição, o despedimento sem pés nem cabeça pelas mãos de um animal que fica para sempre associado à pior fase da história do Benfica: Vale e Azevedo.
Quis o destino que o seu futuro passasse pelo rival Sporting e a partir daí fosse conhecido por "grande artista", que o era sem dúvida nenhuma.
Embora nunca tenha sido considerado o melhor jogador do mundo, muitas das suas jogadas encostavam a um canto as mais brilhantes fintas do Figo.
Faltou o reconhecimento através da selecção nacional, por culpa duma agressão a um árbitro e o afastamento da equipa das Quinas a partir daí.
Mas por tudo o que fez no meu clube (e sim, também admirei imenso as suas jogadas no Sporting), a forma como deitou por terra as defesas das selecções inglesa e alemã e muito mais, fazem com que este seja ainda hoje, para mim, o melhor jogador que já passou pelo Benfica desde que me lembro de existir, o melhor capitão pela forma como dava o exemplo e carregava o clube às costas (desculpa lá Simão...), um verdadeiro exemplo de amor e dedicação a um clube que todos os jovens deviam seguir, em vez de verem em Ronaldo alguém que sonham vir a ser um dia.
Fomos campeões o ano passado, de forma categórica e sem contestação possível. Demos espectáculo, os benfiquistas viram o seu verdadeiro Benfica regressar, apagando assim a má imagem deixada na conquista do título 2004/2005, numa época em que ninguém merecia ser campeão.
Ainda assim, falta alguma coisa que tínhamos em 1993/94. Talvez mais amor à camisola e menos ao dinheiro, talvez um jogador nascido e criado numa modesta família portuguesa.
Talvez falte João Vieira Pinto.
Parabéns "menino de ouro"!
Que contes muitos!
Já em crise financeira fomos campeões, num título que nasceu no empate a 3 nas Antas e começou a andar nos 6-3 em Alvalade; eliminámos o Bayer Leverkussen numa partida imprópria para cardíacos com o empate a 4 na Alemanha, caímos de pé frente ao Parma com um jogador a menos nas meias-finais da Taça das Taças.
E este homem foi um dos maiores obreiros desses feitos, e carregou sozinho todo o peso deste enorme clube durante imenso tempo. E a paga que teve foi a traição, o despedimento sem pés nem cabeça pelas mãos de um animal que fica para sempre associado à pior fase da história do Benfica: Vale e Azevedo.
Quis o destino que o seu futuro passasse pelo rival Sporting e a partir daí fosse conhecido por "grande artista", que o era sem dúvida nenhuma.
Embora nunca tenha sido considerado o melhor jogador do mundo, muitas das suas jogadas encostavam a um canto as mais brilhantes fintas do Figo.
Faltou o reconhecimento através da selecção nacional, por culpa duma agressão a um árbitro e o afastamento da equipa das Quinas a partir daí.
Mas por tudo o que fez no meu clube (e sim, também admirei imenso as suas jogadas no Sporting), a forma como deitou por terra as defesas das selecções inglesa e alemã e muito mais, fazem com que este seja ainda hoje, para mim, o melhor jogador que já passou pelo Benfica desde que me lembro de existir, o melhor capitão pela forma como dava o exemplo e carregava o clube às costas (desculpa lá Simão...), um verdadeiro exemplo de amor e dedicação a um clube que todos os jovens deviam seguir, em vez de verem em Ronaldo alguém que sonham vir a ser um dia.
Fomos campeões o ano passado, de forma categórica e sem contestação possível. Demos espectáculo, os benfiquistas viram o seu verdadeiro Benfica regressar, apagando assim a má imagem deixada na conquista do título 2004/2005, numa época em que ninguém merecia ser campeão.
Ainda assim, falta alguma coisa que tínhamos em 1993/94. Talvez mais amor à camisola e menos ao dinheiro, talvez um jogador nascido e criado numa modesta família portuguesa.
Talvez falte João Vieira Pinto.
Parabéns "menino de ouro"!
Que contes muitos!
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