quinta-feira, 31 de maio de 2007

Na continuação da parvoíce...

Maio

Tu eras neve,
Branca neve acariciada
lágrima e jasmim
no limiar da madrugada.

Tu eras água
Água do mar se te beijava
Alta torre, alma, navio
adeus que não começa nem acaba.

Eras o fruto
nos meus dedos a tremer
Podíamos cantar ou voar,
Podíamos morrer.

Mas o nome,
que Maio decorou,
nem a cor,
nem o gosto me ficou.

(Eugénio de Andrade)

1 comentário:

Anónimo disse...

Ok, apaixonaste-te em Maio, mas a moça não correspondeu. Ou então, não durou muito tempo. Talvez tenha durado apenas o mês de Maio... De qualquer modo, Eugénio de Andrade é uma boa escolha.