segunda-feira, 23 de maio de 2011

Liberdade, inspiração e lógica

É que me irrita mesmo muito ter que escrever por obrigação.
É verdade que fui eu que procurei isto, e sabia que o percurso universitário não seria fácil. Teria muito que estudar (o que só fiz uma vez, num teste de Inglês, para vencer uma aposta com o melhor aluno da turma), muito que ler (o que não gosto mesmo nada, a não ser notícias e reportagens que me despertem o interesse) e muito que escrever (o que adoro, mas quando me sinto inspirado para isso).
Escrever neste blogue dá-me gozo, porque deixo as mãos em cima do teclado e o cérebro começa a debitar ordens para cada dedo carregar numa tecla diferente. Pode sair um artigo de trampa ou algo cheio de humor, ou mesmo um momento de cultura. Mas é um blogue, é mesmo para ser assim. É para escrever quando me apetece, sobre o que me apetece. Quando estou inspirado, quando quero partilhar algo que aconteceu. Porque sei que alguém que não conheço de lado nenhum e nunca conhecerei irá ler isto. Porque sei de pelo menos 3 pessoas que lêem este blogue com frequência, e em cada frase aqui escrita me conseguem identificar como seu autor.
Passei o fim de semana todo a fazer um trabalho de Gestão sobre uma matéria chata e sem interesse nenhum. Até os próprios professores já disseram que estão a ensinar o que está na teoria, mas na prática nada será assim. Claro que alguma coisa servirá para alguma coisa. Mas ter que escrever imenso sobre algo que não nos agrada, é do caraças.
Não vejo a lógica na coisa. É como fazer um daqueles testes em que tenho que memorizar uma data de fórmulas que no campo profissional poderei ter como cábula sempre que necessite de fazer uma conta. É estúpido e não tem lógica nenhuma.
É por isso que gosto de Direito e de Contabilidade.
Se é um ganho da empresa, credita-se uma conta da classe 7; se é um gasto, debita-se uma conta da classe 6. Um activo é um activo porque sim; um passivo tem esse nome porque não podia ter nenhum outro. Um activo tangível é tangível porque se pode tocar.
Uma sociedade é anónima por uma série de requisitos descritos no código civil e código das sociedades comerciais; um sujeito tem direitos mal nasce.
Tem lógica.
Agora, o que não tem mesmo lógica nenhuma é ter que fixar uma série de fórmulas para um teste de Macroeconomia, quando os economistas só as sabem de cor e salteado porque vivem nesse mundo, e mesmo quando começaram devem ter tido juntinho a eles uma cábula do tamanho dum rolo de papel higiénico. De papel duplo.
Que x seja igual a 3 se e só se a>0 ou b<-1, não tem lógica nenhuma.
Que um tipo se tenha lembrado a meio de uma cagada que o ciclo de vida de uma empresa tem 4 estádios ou 6 fases, mas que culpa é que eu tenho?
Para que raio é que eu tive que ler (era o lias) uma obra que um tipo escreveu há 100 anos atrás, quando neste curso não tenho Português?
Para que é que tive que saber o seno e a cotagente de x, se o meu curso é de Gestão?
Mas isto tem alguma lógica?
E o Gonçalo ter saído do Último a Rir, tem lógica?
Vou mas é dormir, que são 1h30m da manhã e estou a ficar rabugento.

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