Entrar no metro; encostar-se aos bancos, de costas para a frente da carruagem; meter a mala no chão; lembrar-se do mp3 na mala e baixar-se para o tirar; desequilibrar-se para a frente mal o metro começa a andar; meter o pé em cima do fio dos auscultadores; deixar cair o mp3; apanhar o mp3 e encostar-se novamente aos bancos, não sem antes enfiar o cotovelo num canto que só aquele cotovelo conseguia encontrar; fazer um esgar de dor misturado com raiva, e aquele olhar que eu bem conheço de querer mandar tudo pró c#$#lho.
E ainda levar com o meu sorriso, o que não foi nada mau porque a vontade era desmanchar-me à gargalhada.
Eu, no lugar do tipo, tinha simulado outro desequilíbrio mal o metro voltasse a andar depois de passar por outra estação e mandava-me de cabeça ao peito de quem se estivesse a rir de mim, tipo Zidane.
E tudo isto aconteceu em cerca de 5 segundos.
Muito intensos.
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