terça-feira, 14 de outubro de 2014

Um grande desabafo antes de me deitar

Não sei se é de mim por ser no mínimo irascível ou desinteressante, ou se é de mim por só atrair pessoas com temperamentos explosivos e que vêem em mim alguém em quem descarregar todos os problemas que lhe surgem. Ou se é de mim por não perceber que posso magoar pessoas que estão perto, mesmo que acredite que estou a fazer e a dar tudo para que essas pessoas estejam bem.
Mas custa quando alguém que nos é querido nos chama nomes, nos manda a sítios menos dignos, nos trata como se nós próprios sempre o tivéssemos sempre tratado abaixo de cão. Ou quando nos ignoram.
Custa quando é alguém da família que de repente desaparece, mostrando o grande significado que nós tínhamos na sua vida.
Custa quando nos chamam de melhor amigo durante 3 anos de faculdade e depois dessa aventura terminada, não respondem a mensagens, emails, telefonemas ou sequer nos dão os parabéns.
Mas acima de tudo, custa ainda mais quando falamos de mais de uma década de amizade bem forte e tão cúmplice.
Um dia hei-de perceber qual é o meu problema.
Embora eu saiba que o meu problema é deixar que as pessoas me tratem assim. Um dia conseguirei resolver isso dentro de mim. E nesse dia, provavelmente deixo de ter amigos. Mas pensando bem, se os tenho hoje, é por aguentar um pouco de tudo deles e fazer o possível para que eles não tenham nada para me apontar. E ainda assim, apontam. E ainda assim, rebaixo-me e aguento.
Pensando bem, se calhar tenho menos amigos do que aqueles que pensava que tinha.
Pensando bem, se calhar o meu problema é não conseguir ser amigo de quem devia ser: de mim próprio.
Fogo. Vou mas é dormir.

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